Robert & Shana Parke Harrison, The Guardian, 2003Adicionar legenda |
Carrego a minha cruz,
as minhas ideias,
a minha luz,
as minhas teias
Carrego o meu fardo,
carrego os meus sonhos,
carrego arame farpado
E eu quero
juro que quero,
mas é maior a vertigem que me atrai,
a força que me puxa,
que o vigor que de mim sai
Oh! Loucos,
tenho corrido
tenho tentado
tenho me matado,
e vós não entendeis
que este este peso meu,
este tumulto agonizante,
não é querer ser diferente,
é ter de ser brilhante
E, por cima destas pernas bambas,
neste corpo vergado e abatido,
neste coração mole e franzino,
cresce esta luz incompreendida
que bruxuleia desde que sou pequenino
Beatriz
Cansado de todos os erros cometidos
Frustrado de ver meus objetivos inalcançados
Medo da Fortuna deste mundo
Raiva deste povo imundo
Apelidado d’o Bárbaro por me recusar a esta chacina
de modo a proteger este mundo sem reparo do que me alucina
Luto para salvaguardar o que resta,
Ao povo que prefere recursos ao oxigénio
E penso que não seja necessário um génio
Para saber que devemos resgatar a floresta
Frustrado de ver meus objetivos inalcançados
Medo da Fortuna deste mundo
Raiva deste povo imundo
Apelidado d’o Bárbaro por me recusar a esta chacina
de modo a proteger este mundo sem reparo do que me alucina
Luto para salvaguardar o que resta,
Ao povo que prefere recursos ao oxigénio
E penso que não seja necessário um génio
Para saber que devemos resgatar a floresta
Bruno